Manuel Bandeira foi um importante poeta brasileiro. É o autor do famoso poema: “Vou-me Embora pra Pasárgada”. Dedicou-se a temas como a morte, a amor pelo vida, a solidão, o erotismo, entre outros assunto.
Como já mencionado, Manuel Bandeira foi um poeta brasileiro. Ficou conhecido por um dos seus mais famosos poema “Vou-me Embora pra Pasárgada”. Além de poeta, ele foi professor de Literatura, crítico de arte e crítico literário.
Nas suas obras, abordou temas ligados à morte, à paixão pela vida, ao erotismo, à solidão, ao cotidiano da sociedade, à infância e outros temas.
Manuel Bandeira nasceu no dia 19 de abril do ano de 1986, em Recife – Pernambuco. Foi filho do Manuel Carneiro de Souza Bandeira e de Francelina Ribeiro. Nasceu em uma família abastada, formada por grandes proprietários rurais, políticos e advogados.
O poeta mudou com sua família para a cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1890. Estudou no “Colégio Pedro II”, onde se tornou amigo de Souza da Silveira – um grande estudioso da língua portuguesa.
No ano de 1892, Manuel Bandeira volta para a cidade de Recife. Nessa mesma época, começa a escrever seus primeiros versos, embora não tivesse a pretensão de se tornar um poeta.
No ano de 1903 muda-se novamente, agora para a cidade de São Paulo. O poeta entra o curso de arquitetura na “Escola Politécnica”. Porém, não conclui o curso, pois teve de abandoná-lo devido ter contraído a doença tuberculose.
Assim, Manuel Bandeira volta para a cidade do Rio de Janeiro, para se submeter a um tratamento contra a tuberculose. O tratamento era realizado em estâncias climáticas, como de Petrópolis e Teresópolis.
No ano de 1913, o poeta é internado no “Sanatório de Cladavel”, na Suíça, para se tratar. Lá, ele conhece o poeta francês Paul Éluard. O novo amigo fala para Manuel Bandeira sobre as inovações artísticas que estavam acontecendo na Europa. Os dois debatem diversos assuntos, como a possibilidade do verso livre dentro da poesia. O verso livre vem a ser, mais tarde, uma das características das obras de Manuel Bandeira. Inclusive, ele é considerado o mestre do verso livre no nosso país.
No ano de 1914, inicia-se a 1 ª Guerra e ele volta para o Rio de Janeiro. Perde sua mãe no ano de 1916.
No ano de 1917, o poeta publica o seu 1 º livro, intitulado de “A Cinza das Horas”. Na obra, são nítidas as influências do Parnasianismo e do Simbolismo.
No ano de 1919, Manuel Bandeira publica “Carnaval”. A obra representou, na época, a sua introdução ao Movimento Modernista. No ano seguinte, o poeta perde seu pai.
Manuel Bandeira conhece Mario de Andrade, no ano de 1921. Através de Mário, passa a ser colaborador da revista de cunho modernista “Klaxon”. Manuel publica na revista o poema “Bonheur Lyrique”.
Ainda no Rio de Janeiro, Manuel Bandeira encontra-se longe do grupo paulista que concentrava ataques à cultura oficial e que sugestionava mudanças. Manuel Bandeira enviou o seu poema “Os sapos” para a Semana de Arte Moderna de 1922. O poema foi declamado por Ronald de Carvalho – o que causou certo tumulto no Teatro Municipal.
Manuel Bandeira passa se engajar cada vez mais nos ideias modernistas. No ano de 1924, o poeta publica “Ritmo Dissoluto”. E a partir do ano de 1925, o poeta começa a escrever crônicas para diversos jornais da época. Nesses trabalhos, ele faz criticas de música e de cinema.
No ano de 1930, o poeta publica “Libertinagem” – obra com extrema nuances modernistas. Também publica “Evocação do Recife” – onde tematiza a infância. Nessa obra, o poeta tematiza a infância e descreve a sua cidade natal, Recife, no fim do século XIX. Ainda em “Evocação do Recife” inclui diversos assuntos ligados ao folclore e à cultura popular de Pernambuco.
Manuel Bandeira passa a lecionar Literatura no “Colégio Pedro II”, no ano de 1938. Já no ano de 1940, o poeta foi convidado a integrar a “Academia Brasileira de Letras”, ocupando a cadeira de n º 24.
No ano de 1943 é convidado para lecionar Literatura Hispano-Americana, na “Faculdade Nacional de Filosofia”. O poeta decide viajar pela Europa durante 4 meses, em 1957.
O poeta, a completar 80 anos de idade, no ano de 1966, publica “Estrela da Vida Inteira”. Manuel Bandeira vem a falecer no dia 13 de outubro de 1868, vítima da tuberculose, que lhe acompanhou durante toda a sua vida.
Manuel Bandeira foi nomeado para ocupar a cadeira de n º 24 da “Academia Brasileira de Letras”, no dia 29 de agosto de 1040. O poeta fez a sucessão de Luís Guimarães.
As obras de Manuel Bandeira se caracterizavam por um pluralidade criadora. Tal característica pode ser percebida desde seus sonetos parnasianos – onde entravam os versos livres – até suas vivências com a poesia de caráter concretista.
Já por outro lado, Manuel Bandeira preservou o cunho moderno dos ritmos e construções mais regulares, como, por exemplo,o uso de versos em redondilhas maiores.
Na poesia de Manuel Bandeira, podemos perceber a abordagem de uma profunda paixão pela vida. O lirismo mais intimista do poeta aponta fatos do cotidiano com despretensão, dando-lhe um sentido de espetáculo aos eventos corriqueiros da vida.
As obras de Manuel Bandeira também abordam temas ligados à infância, à sua terra natal, à sua doença, ao medo da morte, à defesa das características modernistas, o lirismo, a sensualidade, entre muitos outros assuntos.
Manuel Bandeira deixou importantes obras, como prosas e poemas. Entre as principais obras que o poeta deixou podemos citar:
Prosas
Poesias
” Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.”
” Eu gosto de delicadeza. Seja nos gestos, nas palavras, nas ações, no jeito de olhar, no dia-a-dia e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar…”
“É tocante e vive, e me fez agora refletir que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu. ”
“Vivo nas estrelas porque é lá que brilha a minha alma.”
“Duas vezes se morre: Primeiro na carne, depois no nome. Os nomes, embora mais resistentes do que a carne, rendem-se ao poder destruidor do tempo, como as lápides.”
O escritor começou na poesia parnasiana, mas ficou marcado na literatura pela atuação no modernismo.
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